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Nome científico: Maytenus
ilicifolia (Schrad.) Planch.
Família da Espinheira Santa:
Celastraceae.
Sinônimos botânicos da Espinheira Santa: Maytenus ilicifolia fo. angustior Briq., Maytenus officinalis
Mabb. (antigo nome: Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek), Maytenus ilicifolia
var. boliviana Loes.
Outros nomes populares da Espinheira Santa: cancerosa, cancorosa, cancorosa-de-sete-espinhos,
cancrosa, cangorça, coromilho-do-campo, erva-cancerosa, espinho-de-deus,
espinheira-divina, limãozinho, maiteno, marteno, pau-josé, salva-vidas,
sombra-de-touro; congorosa (espanhol).
Constituintes químicos da Espinheira Santa: ácidos tânico, clorogênico, maytenóico,
salasperônico, salicílico, d-amirina, taninos (4'-metil epigalocatequina e seu
epímero 4'-metil-ent-galocatequina), ansamacrólidos tipo maitanosídeos,
glucosídeos, triterpenos quinóides e dímeros (maitensina, maitomprina,
maitambutina, atropcangorosina A, pristimerina, isopristemerina III, tingenona,
isotingenona III, congoaronina, congorosina A e B, friedooleanan-5-en-3,
b-29-diol D, friedooleanan-29-ol-3-ona D, ilicifolina, maitenina maitanbutina,
maitolidina); diterpenos (dispermol, maitenoquinona), lactonas (maitanprina,
maitansina), cafeína, polifenóis flavonóides (quercetínico e kaempferólico),
substâncias nitrogenadas, carotenóides, óleo essencial, mucilagens, açúcares
livres; sais minerais (ferro, enxofre, sódio, cálcio) e resinas; triterpernos
friedelina, friedelanol, lupeol, lupenona, simiarenol, beta-amirina,
beta-sitosterol, estigmasterol, campesterol, ergosterol, brassicasterol,
a-tocofenol, esqualeno, ácido hexadecanóico, terpenóides (maitesina), maiteno,
leucoantocianinas, proantocianinas.
As sementes contém 10 a 12% de óleo fixo. O conteúdo de taninos pode chegar
a 4,6%.
Propriedades medicinais da Espinheira Santa: adstringente, analgésica, antiácida (poderosa),
antiasmática, antiespasmódica, antidispéptica, antiinflamatória,
antiulcerogênica (casca em decocção), anti-séptica, antitumoral, aperiente,
balsâmica, carminativa, cicatrizante, colagoga, contraceptiva, desinfetante,
digestiva, diurética fraca, emenagoga, eupéptica, febrífuga, estomáquica,
laxativa, reguladora da fertilidade, sialogoga, tônica, vulnerária.
Indicações da Espinheira Santa: gastrite crônica, gases, fermentações gastrintestinal,
doenças da pele (acne, eczema, eczemas, ulcerações, herpes, afecção
pruriginosas), moléstias do estômago, úlceras pépticas; males hepáticos e
renais; azia, vômitos e digestão, irritações estomacais, atonia gástrica,
hiperacidez, gastralgias; inflamação, vômito.
Parte utilizada da Espinheira Santa, Maytenus
ilicifolia: folhas, cascas, raízes.
Contra-indicações/cuidados com a Espinheira Santa: não é recomendada para crianças, gestantes e
lactantes. Evite o uso em caso de hipersensibilidade (detectada em um número
reduzido de pessoas).
Efeitos colaterais da Espinheira Santa: pode provocar contrações uterinas e reduzir a produção de
leite nas mulheres.
O extrato aquoso é abortifaciente em ratas grávidas
(100mg/k g i.p.) e citotóxica em células Leuk-P 388, CA9kb e V79.
A administração por via oral de infusão e liofilizados de folhas, não mostrou
qualquer efeito tóxico em doses de até 1.600 vezes superiores aquelas
recomendadas.
Modo de usar da Espinheira Santa:
- A infusão das folhas, o chá das cascas e raízes (preparado por decocção) e
os extratos, tinturas e cápsulas são indicados para o tratamento de úlceras,
indigestão, gastrite crônica, dispepsia, constipação intestinal, eczemas, falta
de apetite, astenia, asma, flatulência, anemia, insuficiência hepática, doenças
dos rins e bexiga, feridas e furúnculos;
- Infusão: 2 colheres das de sopa de folhas secas picadas ou 12 folhas
frescas grandes em 1 litro de água. Tomar antes das principais refeições;
- Decocção: 30 g de folhas picadas em ½ litro de água. Ferver e, após
esfriar, tomar 3 xícaras ao dia (úlcera interna);
- Compressas: ferver 10 folhas em ½ litro de água. Esfriar e aplicar
topicamente em feridas;
- Tintura: 2 colheres das de sopa a cada 8 horas;
- Infusão: 20 g para 1000 ml de água. Tomar 3 a 4 xícaras ao dia;
- Pó: 400 mg de pó, 1 a 2 vezes ao dia;
Obs.:
- atualmente, o tratamento de câncer é bastante estudado;
- uma pesquisa prévia revelou que a Espinheira Santa, Maytenus ilicifolia
possui compostos antibióticos (maitesina e maiteno), com potente ação
antitumoral, especialmente contra a leucemia.
Algumas espécies do gênero da Espinheira Santa:
Maytenus
Origem: América do Sul; no Brasil desde os
estados de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. E encontrando ao longo do Rio
Paraná, e nas pastagens. A ocorrência é mais generalizada em sub-bosques úmidos,
beiradas de matas de araucária, capões e em matas ciliares onde o solo é rico em
matéria orgânica, com umidade de média à alta. Em Santa Catarina é encontrada
principalmente no Planalto e na mata Atlântica de altitude.
Foto da Espinheira Santa é
encontrada em:
Maytenus-ilicifolia.html.